Gravidez é doce mas o açúcar em excesso pode ser um risco

A gestação traz desejos inusitados e, muitas vezes, uma vontade incontrolável de comer doces. Porém, o equilíbrio é fundamental, pois o excesso de açúcar no sangue pode levar ao Diabetes Gestacional, uma condição que exige cuidados rigorosos para a segurança da mãe e do bebê.

Durante a gravidez, a placenta produz hormônios que naturalmente aumentam a resistência à insulina. Isso significa que o corpo da gestante precisa trabalhar dobrado para manter a glicose (açúcar) em níveis normais. Quando o pâncreas não dá conta dessa demanda extra, o nível de açúcar sobe.

Quais os riscos para o bebê?

O açúcar em excesso no sangue da mãe atravessa a placenta e chega ao feto. O bebê, recebendo essa “energia extra”, começa a produzir muita insulina e a crescer exageradamente. Isso pode levar à Macrossomia Fetal (bebês muito grandes, com mais de 4kg), o que dificulta o parto normal e aumenta o risco de lesões no nascimento.

Além disso, após o nascimento, o bebê pode sofrer hipoglicemia (queda brusca de açúcar), pois estava acostumado com a alta oferta da mãe e, de repente, o cordão é cortado.

O controle é feito principalmente com dieta, exercícios físicos e monitoramento no pré-natal. Cuidar da alimentação não é apenas estética, é um ato de amor e proteção.

As informações acima têm finalidade educativa. Cada pessoa é única e pode precisar de orientações específicas. Se você apresenta sintomas ou deseja um diagnóstico preciso, agende uma consulta.

Dra. Thaynine Nascimento
Ginecologia e Obstetrícia
CRM 70.163

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